Quem nunca ouviu falar da chicota, uma personagem que durante muito tempo foi falada, por estas paragens. Nascéu no

moinho da Ponte Velha aos 14 do mês de Junho de 1911, era filha da moleira, chamada Maria dos Anjos Gordo [nomeada chicota, de quem herdou a alcunha) e de pai incógnita, moleira natural e baptizada em Serapicos, concelho de Bragança, mas morando a altura no moinho da Ponte velha, termo de Remondes., neta materna, de Manuel Luís Gordo e Inocência Maria, foram seus padrinhos José Francisco Gonçalves e sua Mulher Balbina Maria Neto, donos do moinho.

Ainda me lembro de histórias contadas por pessoas que a conheceram pessoalmente, era uma mulher de pelo na benta como se dizia, era pai e mãe dos filhos foi uma moleira que reinava desde a barca no termo de Brunhoso até ao termo de Soutelo.

Foi dona de muitos moinhos e è considerada especialista em moagem, e na arte de maquiar os clientes, mais que uma vez, assim falavam nessa altura.Basta a gente passar pelos moinhos, com alguns habitantes desta terra, que todos têm histórias para contar, acusavam-na de roubar um pouquinho os clientes.

Dizem que uma vez, um cliente estava desconfiado dela e não a largava, porque queria controlar a maquia que ela retirava, e ela lhe perguntou. Porque estas aqui junto de mim? E ele respondeu, quero ver a maquia que me tiras…e ela respondeu rindo já tirei três maquias ainda queres que te tire mais? Noutra ocasião contam que levando uma porca para um dos moinhos pelo caminho íngreme a porca caiu e ficou quase morte e ela teve que a matar e as pessoas lhe perguntavam, para a achincalhar, a porca da chicota caiu pela ribanceira abaixo morreu-se cozeu-se.

Foi dona do moinho da Barca em Brunhoso, do moinho dos barrancos, e do moinho da ponte velha onde ela nasceu, hoje tudo o seu mundo, esta abandonado, e dentro de pouco repousara tal como a dona no sono eterno das águas da barragem do baixo Sabor

O que resta do moinho onde nasceu a ChicotaV