Passeio cultural, a procura da fonte dos lagares.

 

Sai pela tarde, o dia outonal com chuva no horizonte lá fui eu, desta vez sem carro e sem bicicleta parti em direcção as alminhas onde entrei e percorri todo o lado esquerdo do caminho da ponte e voltei a entrar nela no carvalhal, onde se situava o lameiro dos lagartos, e que desejava há muito ver mas depois de pesquisar não encontrei nada.

 

Segui depois para a ribeira com direcção pinheiro onde cheguei e depois de admirar mais uma vez o cruzeiro que se ergue na encruzilhada dos caminhos, e que data de 1820, entrei numa antiga vinha que pertenceu a António Alves, e depois entrei noutra que é pertença dos herdeiros de José Afonso, e ai num croeirinho, encontrei vestígios de povos que ai viveram , embora não sejam muito antigos , porque a cerâmica que lá encontrei deve ser da idade media , do tempo em que a aldeia era um conjunto de pequenos povoados e que só depois de D.Afonso III, chamado opovoador , é que a actual aldeia deve ter tido a sua pujança, porque até ali era um conjunto de pequenos povoados, e por isso diz a lenda que Remondes nasceu de remendos que eram esses povos.

 

Cada dia estou mais certo, que na verdade esta aldeia era composta de muitos, e pequenos povoados, que depois foram obrigados a juntar-se na actual aldeia, tendo apenas os que se encontravam no Santo Antão permanecido no local.

Depois de terminar a minha pesquisa sobre o termo de Remondes terei sem dúvida a resposta a lenda da fundação de Remondes, que embora seja uma lenda pode ter algo de verdade.

Estes vestígios que hoje encontrei ficam perto do toural, mas creio bem que outros mais antigos estão por ali a minha espera é só uma questão de tempo.

Depois segui pelo antigo carreirão do atalho, que na minha juventude era percorrido diariamente por muitas pessoas que que trabalhavam no cultivo das terras que ficavam na ladeira de Remondes, hoje nem carreirão existe, eu lá fui sempre com os olhos na terá a procura de algo do passado e ainda encontrei uns restos de telhas no atalho mas nada de especial, depois segui até ao S. Bartolomeu onde visitei um olival que era sem duvida um antigo apiário onde ainda estão os restos dos muros, e encontrei também num sobreiro uns molhos de repolgas que são uma delicia mas aqui nesta terra quase ninguém colhe.

Fui depois para a capela de Bartolomeu, onde andei fazendo um muro e onde encontrei restos de telha, mas que não tem nada a ver com o sítio romano que fica bem próximo.

Mais um pouco de história a que chamei passeio cultural para todos espero gostem e venham sempre haverá muito mais.

A.B.Cordeiro

 

 

 

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

4 × two =