As cruzes na Quinta do Santo Antão

Pelo ano de 1933, fez o Paráco de Remondes, Júlio Afonso

, um pedido ao bispo de Bragança e Miranda, D. Luiz Vaz das Neves, para que os habitantes da Quinta de Santo Antão, pudessem rezar as cruzes durante a quaresma.

Embora não fossem muitos os habitantes, ficaram surpreendidos, nesses tempos a igreja representavam muito para a gente que vivia com muitos sacrifícios.

Numa das minhas visitas de estudo, a quinta de Santo Antão encontrei algo que me chamou atenção, umas cruzes rudimentares, que estavam nos ruinas da última casa que foi habitada, só depois de ter encontrado o documento, eu acreditei, porque hoje já não existem pessoas vivas na terra que se lembrem disso.

A quinta tinha uma capela, que esteve muito tempo em ruinas e depois foi mudada para outro local, em 1967 onde ainda existe, mas de onde foi roubado o Santo Antão, muito antigo e de grande valor assim como a sineta que também desapareceu.

Estamos na quaresma, e esse povo vivia muito a religião como forma de poder enfrentar as dificuldades da vida, e por isso aqui estou a lembrar a todos.

Pelo que sei em 1940, viviam pouco mais de 3 famílias na quinta, embora numerosas, não teriam mais de 15 almas mas que era preciso cuidar delas.

Segue o documento e mais uma foto de duas cruzes de madeira pintadas de azul.

Boa quaresma a todos e paz de Deus.

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