A cascalheira do Azinhal.
Foi sempre conhecida como a cascalheira,
mas ela é muito mais que isso, porque não existe na natureza fenómeno algum que a possa ter construído, estes ajuntamentos de pedras, por vezes enormes, feitos de pedras umas sobre as outras ocupando muito campo e sabendo que mesmo de profundidade podem ter mais de 4 metros. Ali quase que não cresce nada, porque poucas sementes podem germinar no meio das pedras.
De onde vieram estas pedras e quem as trouxe? Vieram de um fraguedo que existe ao cimo da mesma cascalheira, chamado de fragas do assomadouro, e numa visita que fiz com os arqueólogos do baixo sabor, concluíram que a pedra foi decalcada aqui e transportada pelo homem, para o local onde se encontra.
Quem eram os homens que fizeram todo este trabalho, e com que fim? Eram povos da idade do ferro, que possivelmente procuravam metais, se os encontraram é coisa que não podemos provar pelo menos de momento, mas um dia se saberá como e quem fez todo este trabalho.
Existem aqui pelo menos três cascalheiras que são as maiores desta zona, embora existam também algumas em Brunhoso e Castro Vicente mas nenhuma tão grande como a Cascalheira do Azinhal junto as Casas.
Sempre que falei com algum antigo só diziam a cascalheira, mas bem entendido nunca nenhum se tinha questionado o porquê delas estarem aqui.
Um dia o meu tio Dr. Manuel José Baptista Cordeiro, se interrogando sobre estes montes de pedras tentou plantar uma nogueira no meio de uma mas para isso teve que levar a terra para lá mas ela nunca conseguiu crescer muito.
Existiam muitas lendas sobre estas cascalheiras e uma dizia, que havia uma cobra tão grande e velha que tinha barba, e que estava encantada, e que era ouvida mas ninguém a conseguia ver, quem o conseguisse teria descoberto o pote de ouro que ela guardava, mas como nunca ninguém a descobriu, por lá andara o tesouro encantado.
É apenas uma achega para todos os que vierem fazer a caminhada de Remondes dia 26 de Maio.